Para falar sobre os benefícios de produtos à base de plantas ou de células que imitam a textura, o sabor e o aroma das carnes de origem animal, o IX Congresso Vegetariano Brasileiro, escolheu um time de especialistas com considerável bagagem no tema. De imediato, eles afirmaram que é fundamental destacar que a produção desse tipo de carne significa contribuir de forma efetiva com a não exploração de animais sob todos os aspectos, considerando a atual produção de proteína animal.
Fizeram parte da mesa que tratou do tema “Imitações da Carne, por que usá-las?”, neste sábado, dia 10, Taylison Santos, diretor executivo no Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA) e primeiro brasileiro contemplado com o Social Media Fellow na Sentient Media (organização jornalística sem fins lucrativos que trabalha para divulgar fatos relacionados ao sofrimento animal); Fabio Zukerman, fundador do Grupo Planta, conglomerado de negócios de alimentos à base de plantas, que atua na produção, distribuição, restaurantes e comunicação criando assim soluções para todos que fazem parte da cadeia de produção e consumo; e Gustavo Guadagnini, managing director da organização The Good Food Institute no Brasil, além de ser listado pela revista GQ como um dos brasileiros na lista dos “25 nomes que podem salvar o mundo”.
A mediação ficou com Larissa Maluf, diretora de Comunicação da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). O Congresso é parte do VegFest 2022, que acontece no Centro de Convenções Anhembi.
Na avaliação dos participantes, no caso da produção industrial, o Brasil possui tecnologia compatível a de outros países já mais adiantados nesse campo, com produtos de muita qualidade, inclusive exportando para mais de 30 nações. Contudo, o país ainda não tem a mesma distribuição e o mesmo preço, mais em conta, ao consumidor final, quando comparado a países da Europa, por exemplo.
Com a qualidade sendo cada vez mais aprimorada através da tecnologia, em muitos casos praticamente não há diferença entre carnes e derivados de leite de origem animal com as produzidas à base de plantas (plant-based) ou de células animais (ainda que o objetivo seja eliminar em 100% a participação de qualquer componente animal na produção).
Isso causa impacto altamente positivo no meio ambiente, uma vez que a produção de proteína animal exige grande quantidade de consumo de água, emissão de poluentes na atmosfera, ocupação de terras etc.