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Do frigorífico ao veganismo: sem medo de sair da zona de conforto

Nesta sexta-feira (9), no IX Congresso Vegetariano Brasileiro, Duda Lemos falou sobre sua trajetória de vida. Após se formar em Engenharia de Alimentos, ela trabalhou em um frigorífico e iniciou uma carreira bem sucedida. No entanto, ela mudou completamente seu rumo após ver que não era valorizada onde trabalhava. Sua palestra aconteceu durante o VegFest, no Centro de Convenções Anhembi, em São Paulo.
“Via meus veteranos com uma carreira boa, trabalhando em frigorífico. Era estagiária e, ao encerrar a faculdade, fui promovida a líder do controle de qualidade, com uma equipe com 35 pessoas no frigorífico. Em seguida, saí da prática para trabalhar na teoria, com a legislação. Fiquei 3 anos e meio nessa empresa, mas nos últimos meses não estava sendo valorizada”, comentou.
Após uma mudança na gestão, Duda se viu exercendo a mesma função de um colega homem, que recebia três vezes mais. Quando questionou a razão, ouviu que ele tinha inglês fluente e, por isso, merecia ganhar mais. “Tomei a decisão de sair e fazer um intercâmbio nos Estados Unidos. Lá, vivi com uma família judia, que não comia carne. Cheguei a comprar 10 latas de atum para comer escondido no meu quarto”, completou.


Apesar do impacto inicial, Duda aderiu ao veganismo e encontrou a SVB. Recusada na primeira entrevista emprego, seguiu com a meta de fazer parte da Sociedade Vegetariana Brasileira, o que conseguiu quando outra vaga se abriu. “A mensagem que quero passar é de não ter medo de mudar, independente daquilo que vocês estejam passando. Algumas mudanças exigem grandes movimentos, mas elas vêm para o melhor. Às vezes, a zona de desconforto é aquilo que você está vivendo”, declarou.
“Em segundo lugar, quero destacar que todos nós somos comunicadores, atores de consumo. Somos pessoas que mudam a indústria e a realidade das coisas todos os dias. Repensem seus hábitos, suas atitudes e como estão influenciando a vida de outras pessoas. E, por fim, olhem para as realidades diferentes. É muito fácil apontar o dedo sem saber as reais condições dos demais”, concluiu.

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